quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

"Sexo frágil": uma derrubada de tabus

     Jorge Amado, em seu romance "Gabriela, Cravo e Canela", ilustrou o histórico encargo sexista, quando o personagem conservador Nacib agrediu a companheira - de nome homônimo à obra. Assim, a necessária hostilidade à agressão contra a mulher evidencia uma desigualdade de gêneros, como também representa um avanço no tópico de lutas sociais. Logo, uma quebra de clichê contra uma cultura machista.
     Nesse cenário de bestialidade, os preconceitos e diferenças de gêneros são evidentes. Como exemplo de discrepância, tem-se a atriz iraniana Marzie Vafamebra, que foi condenada a 90 chibatadas pelo filme encenado "Minha Teerã a venda"; apenas um retrato do absurdo panorama. No Brasil, como forma de auxílio, a Lei Maria da Penha, no Art 2º, mostra que toda mulher, independente de classe, etnia e orientação sexual, tem oportunidades para viver sem acometimentos. Dessa forma, o problema pode ser amenizado - mas não resolvido. Como disse Nilcéa Freire, ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, "toda mulher tem direito à vida sem violência; e esse é o desejo da sociedade.
     Sob esse prisma, medidas e prudências foram tomadas para o acrescentamento das pelejas sociais. De começo, a ONU iniciou na década de 50 com a criação da Comissão de Status da Mulher, que afirma os direitos iguais entre gêneros. No mesmo viés, em 2007, o Pacto Nacional pelo Enfrentamento Contra a Mulher foi lançado pelo ex-presidente Lula, que visa um acordo entre os governos federal, estadual e municipal para a implantação de políticas públicas que evitem essa brutalidade. Hodiernamente, o grupo ucraniano feminista, FEMEN, faz uma asseveração de temas como: turismo sexual, homofobia, racismo e sexismo. Dessa maneira, o prélio contra a ofensiva no sexo feminino será, indubitavelmente, alcançado.
     Por conseguinte, defronte à essencial luta contra à repressão feminina derruba-se os estigmas de uma bagagem de submissão feminista. Da obediente mulher do romance de Jorge Amado à contemporânea engajada na reivindicação social, há ruptura dos ideias machistas, o que demonstra o verdadeiro "sexo forte".

Cristiane de Oliveira

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dos direitos de ir e vir.


     Unicaronas é uma iniciativa de estudantes em que pessoas, através de um site, disponibilizam caronas com o objetivo de redução de poluentes, facilidade de transporte e arrefecimento de custos. Do meio virtual às ruas, a (in)transitável circulação urbanística advém do histórico investimento em rodovias, como também requer um trânsito responsável com outros valores. Logo, uma ação imprescindível para um trânsito desordenado.
     Frente à caótica mobilidade de hoje, a aquisição dos meios de circulação foi adquirida durante anos. Até a década de 1920, a maior parte do transporte no Brasil foi feita por ferrovias e navegação. No período posterior, a rede de ferrovias cresceu 20% e a de rodovias 400%, segundo dados da revista Abril. Esse aumento relevante foi contínuo durante o governo de Juscelino Kubitchek, governo em que houve uma grande expansão da indústria automobilística. A vinda desses meios de transporte foi o que acarretou esse gradativo aumento de rodovias. Dessa forma, o trânsito se dilatou e transformou as pessoas em dependentes e sedentárias perante o uso do carro próprio.
     Diante disso, muitos trabalham para um avanço e para atributos dos meios de locomoção; a construção de outros elementos de transladação é uma das medidas usadas. Em São Paulo foi instalado o Bike Santos, um lugar com empréstimo de bicicleta para usar no decorrer do dia, os usuários, assim, além de ajudarem na preservação do meio ambiente, estarão também fazendo um exercício físico em prol da saúde intrínseca. Mas, para poder usar tais bicicletas, os investimentos em ciclovias e ciclofaixas deverão ser maiores, e são os planejamentos de muitas cidades como: Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Assim, o trânsito se torna menos estressante e também menos tumultuado.
     Percebe-se, portanto, que a congestionada motilidade citadina passa por diversas transformações. Desse modo, medidas latentes e políticas públicas como promover transporte público de qualidade, rápido e eficiente, como também a utilização de bicicletas e a prática da carona, são modos em que, paulatinamente, todos poderão exercer com plenitude seu direito de ir e vir.

Cristiane de Oliveira

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os fins chegam, e as teorias continuam.

     
    A sociedade é cercada por conspirações filosóficas, científicas e religiosas, dentre as quais muitas falam sobre as teorias sobre a origem e o fim da vida no planeta Terra. Durante o cotidiano, foram presenciadas muitas manifestações sobre o fim do mundo, e a mídia serviu como principal ferramenta estimuladora da polêmica, conseguindo chamar atenção de um fato atraente e temido ao mesmo tempo.
      O último dia do calendário Maia foi um dos assuntos mais comentados. Com a tecnologia das redes sociais, surgiram ideias assustadoras e ao mesmo tempo atrativas, que serviram para originar opiniões diferentes. Pessoas adeptas a práticas da "New Age", que conta com a espiritualidade e superstições, aceitaram a informação dos Maia sobre o fim do mundo, pois ela se encaixa com as suas ideias da sabedoria da antiguidade, fazendo com que uma parcela de pessoas acreditasse nessa conspiração, fato que já havia acontecido em 2000, o "bug do milênio".
   Além da fama trazida pelo fim do mundo Maia, outras teorias comentadas na mídia, se tornaram famosas. Uma delas afirma que um planeta chamado Nibiru teria sido descoberto pelos Sumérios iria se chocar com a Terra em 2012, causando enorme destruição e uma mudança nos pólos geomagnéticos do planeta.
      Com essas publicações, também levou a criaçao de livros e filmes como "2012", com autores mostrando um cenário assustador do que deveria ter acontecido, enquanto outros enxergaram o ano como uma nova era de harmonia global, como dizia-se que iria acontecer em 1987 com os computadores.
    Sendo assim, atraente porque a vida é cercada de curiosidades e crenças, fazendo com que aumente o imaginário das pessoas. E temido, principalmente devido às grandes catástrofes naturais que têm ocorrido, como o excesso de chuva e seca em algumas regiões. Logo desde a harmonização de 1987, o "bug do milênio" e o fim do mundo em 2012, os fins vão passando e as conspirações não acabam, apenas se renovam.


Cristiane de Oliveira

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

   
     Bahia, 27 de Setembro de 1940.
     Senhor Jorge Amado,
    Me faltam palavras para agradecer o que o senhor fez por nós. Eu, em nome do grupo, resolvi escrever esta carta para parabenizar e ao mesmo tempo dizer o quanto ficamos felizes por nos representar nesta grandiosa obra, "Capitães da Areia". Falo em nós, porque sou um destes meninos de rua que o senhor cita e tenho uma proposta a lhe fazer.
     Muitos acham que somos apenas ladrões, mas não, mesmo as pessoas não acreditando sou um leitor ativo, aprendi a ler e a escrever com o padre da igreja aqui ao lado do trapiche e consegui este seu livro durante a queima dos exemplares na praça da cidade. Que desperdício, um livro tão rico e eles jogam fora.
   Nela o senhor representa muito bem nossa situação. Quando resolvemos fazer algum tipo de atividade, logo logo aparece uma pessoa para nos proibirem, esta tal falta de liberdade nos deixa um pouco raivosos e acabamos nos cobrando através do roubo, mas o senhor sabe como é o nosso dia a dia, né? Proíbem muito, mas ajudar que é bom, são raras as exceções.
    Como falei que sou um leitor e gosto muito disso, estou lhe pedindo em forma de doação outras obras para eu e os meninos daqui apreciarmos, já que na biblioteca da cidade nos proíbem de entrar e até mesmo de chegar perto e pisar naquela grama verdinha. Penso em colecionar livros, aqui no trapiche, de autores modernos que retratam a realidade, se é assim que se fala.
     Depois de fazer esse pedido, fico aguardando sua resposta, pois eu e os meninos iremos divulgar essas maravilhosas obras mesmo nos proibindo de andar pela cidade, e ao mesmo tempo o senhor também, pois já andei sabendo, lendo num destes jornais encontrado no lixo, que teve que fugir desta "ditadura" terrível, em que falar a realidade é proibido; porém iremos fazendo essa divulgação do nosso jeitinho para agradar ao nosso criador, mesmo que "sem lenço e sem documento" nós vamos.
     Desde já, obrigado.
     Capitães da Areia.


Cristiane de Oliveira

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Somos ou estamos corruptos?

      
      A corrupção está presente nas mais diferentes civilizações ao longo dos anos, sejam democracias, ditaduras ou qualquer outro tipo de governo. No Brasil, sabe-se que desde a descoberta pelos portugueses, convive-se com as mais diferentes práticas ilegais, ainda com toda essa tradição, impressiona a quantidades de comportamentos desonestos não só pelos presidentes, senadores, entre outros, mas também pela sociedade.
     Independente dessas formas de governar, a sociedade esta sendo abalada por diferentes exemplos de atos ilegais. Encontrando então, denúncias frequentes contra políticos, como no Oriente Médio, que desde 2010 a população comete atos, como revoltas, para tirar seus governantes do poder. Não percebe-se, no entanto, que o dia a dia está repleto de imoralidades praticadas não só pelos políticos, mas pela humanidade o tempo todo.
      Um primeiro modo de corrupção a ressaltar é a falta de cumprir com a ordem normativa, ou seja, as normas e valores para o comportamento em sociedade. De fato, orientações familiares, religiosas ou morais não são muito eficazes na função de inibir comportamentos transgressores.
      O ato de furar fila, guardar no bolso o dinheiro achado em carteira perdida e identificada, ligar do telefone da empresa para resolver assuntos de interesse particular e até mesmo colar na hora da prova, são exemplos desse comportamento cometidos pela população, e mesmo assim continuam achando que apenas os políticos são errados pelo fato de governarem uma nação. A corrupção é apenas uma questão de oportunidade, logo deve-se rever os conceitos de ética social.
      Enfim, não somente os políticos são corruptos, as pessoas em geral também são, quando corrompem e quando se calam frente à ela. Mas, há que se criar o hábito de respeitar as regras em casa e nas pequenas atitudes, é essa uma maneira de diminuir com esse comportamento transgressor.


Cristiane de Oliveira

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conquistando o espaço

     
     A imagem de submissão esteve ligada a nós mulheres durante a história. Muitos foram os casos que contribuíram para aumentar nossa posição de inferioridade, como na Idade Média que fomos chamadas de bruxas, mas isso não impediu que muitas de nós vencessem esses preconceitos atribuídos durante os tempos.
   Durante a Idade Média, as mulheres foram classificadas como: prostitutas, bruxas que eram as mulheres que iam contra a Igreja pelo seus atos; e as santas, as que seguiam o molde da Virgem Maria que era o modelo que achavam que deveria ser seguido, pois buscar conhecimento custou à vida de muitas mulheres naquela época.
    Na Idade Moderna, não foi muito diferente. Pensadores, como Rousseau, que no século XVIII, disseram que a mulher é destinada ao casamento e a maternidade entre outros comentários, e temos exemplos de que a mulher é muito mais que isso.
     Tais exemplos como: Manal al-Sharif que em 2011 quebrou o silêncio das mulheres que eram proibidas de dirigir na Arábia Saudita, gravando um vídeo dirigindo e colocando-o na internet, muitas mulheres que assistiram o vídeo fizeram o "dia de dirigir"em 17 de junho daquele ano; aqui no Brasil temos a nossa presidenta Dilma Rousseff que conquistou o cargo nas eleições de 2010 e Anita Garibaldi a "heroína de dois mundos".
    Hoje nos sentimos mais aliviadas com a conquista de vários direitos como o mercado de trabalho, apesar de ainda haver preconceitos não só com as mulheres, mas com outros grupos de minoria como negros, sem terra, homossexuais, entre outros. Pensar na igualdade pode não ser uma tarefa fácil, mas acredita-se ser uma forma possível na conquista dos direitos humanos e na diminuição dos preconceitos para as próximas década


Cristiane de Oliveira

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pelo menos amenizar

       A maioria das mulheres ao engravidar, sonha com o bebê perfeito, e logo que se depara com um médico avisando que o filho tem anencefalia, só ela sabe o sofrimento emocional passado no momento. Agora com a legalização do aborto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cabe a ela decidir ou não ter o filho, mesmo com as duras críticas da Igreja e opositores.
      O sofrimento é grande para  estas que têm filhos com problema físico. Com avançadas técnicas na medicina, como o pré-natal, tem reduzido o problema, mas mesmo com toda tecnologia, bebes anencéfalos podem vir ao mundo causando dores emocionais para os pais, pois já se sabe que é difícil uma criança com parte do cérebro não desenvolvido, ter muito tempo de vida.
      Estes sofrimentos durante a gestação são e eram pouco suportados e sem a legalização deste assunto polêmico, as mulheres rumavam para pessoas inexperientes para fazer o aborto clandestinamente e em alguns casos ocorria o óbito da genitora. Então, o poder público resolveu mudar a situação, pois os casos de clandestinidade eram muitos e ainda existem, deixando para mulher optar pela interrupção da gravidez, para que esta seja feita de forma um pouco mais segura.
       Apesar da Igreja e opositores desta lei impor seus protestos e razões como: todo ser humano deve ser aceito porque são todos iguais e que aborto também é crime, eles não devem fazer com que todos sigam suas decisões sobre o assunto, pois a Organização Mundial da Saúde disse que a prática de aborto clandestino é maior nos países em que ele é proibido, logo deveria sim ser legalizado.
       Com isto, fica a opção para cada mulher e família decidir esta questão que é tão complicada e que afeta o emocional e o físico, pois aborto clandestino pode comprometer mais a vida tanto da genitora como do feto e o STF já deu a base com a legalização, para que os riscos sejam pelo menos amenizados.


Cristiane de Oliveira

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Não quero acreditá-lo

     
     Parando para pensar no meu maior pesadelo, me recordo do que tive esta noite, em que um grande lobo me perseguia... Não, isso seria um pouco brega e não serviria para realidade em que vivo. Talvez, o meu seja o vestibular, um pesadelo concreto, que acordada ou não é um companheiro constante ou quem sabe a acne, mas seria um tanto vago e egocêntrico eu pensar apenas em mim. Pode-se dizer então que deveria pensar no pesadelo do jovem brasileiro, apesar de que a maior parte deles tem o pesadelo individual como o meu.
     Começando com os estudantes da década de 60 que num momento de repressão lutavam para não perder a liberdade de expressão, como no período da ditadura militar, em que a censura era rígida, por isso lutavam contra o governo para não perderem-na. E hoje ainda existem muitos jovens que não se calam diante da democracia velada ou talvez embutida numa sociedade em que a liberdade não deixou de ser a "Ordem e Progresso" de décadas passadas.
     Junto a isso, temos o medo de fracassar, só de pensar que tudo aquilo que sonhamos não foi alcançado, planos e sonhos não realizados, nos fazem temer, talvez criar muitas fobias, às vezes ocasionados pelo remorso da nossa falta de dedicação. Ter o desejado alcançado com sucesso é o sonhos, já o contrário nos deixa com calafrios.
      Muitos desses medos são apenas passageiros, no entanto, podem se tornar uma "paranoia juvenil", quando temos um, logo já vem outro para nos deixar nervosos, talvez, o meio capitalista esteja nos engolindo com o desejo eterno de vencer, quando nem sempre a competição nos faz bem.
      Sobretudo os jovens possuem muitos pesadelos em comum, como talvez seja o vestibular ou o fracasso e sem falar na acne que atormenta muito de nós quando estamos com os hormônios à tona, ou seria o chocolate o precursor deles? Acho que devo parar de comê-los, pois a TV insiste em dizer isso, como se o maior pesadelo dos jovens fosse ter espinhas.


Cristiane de Oliveira

sábado, 26 de maio de 2012

Diante da manipulação em massa, posso construir meu próprio eu?

       A influência da mídia em me direcionar qual modelo seguir anda me deixando louca, propagandas, novelas, filmes e até desenhos me dão várias opções de como devo ser, de como devo agir, mas fico a me perguntar: será que preciso agradar a todos?
       Quando crianças, nossos pais são modelos de nossas vidas, o modo como se vestem, nos tratam e até mesmo em suas profissões. Com o passar dos anos buscamos outras referências para seguir, algum modelo ou estilo que possa nos fazer melhores, pessoas que de alguma forma chamam nossa atenção, que é transmitido pelos meio de comunicação, como "bons exemplos" são atores e jogadores de futebol. Já quando somos adultos queremos voltar a ser jovens, mudando em estética e comportamento, querendo seguir os adolescentes atuais.
       Outros, entretanto, desejam reviver uma época em que tudo que os jovens queriam era gritar para o mundo, dizendo que a vida não é como nos mostram e que não devemos nos espelhar neles, e sim como queremos viver. E é nessa época em que escutar o rock me fazia parar e refletir se deveria continuar sendo engolida pela mídia, como a televisão um meio de comunicação em massa.
       No momento em que fiquei pensando nisso, passaram tempos, tanto tempo a querer me transformar e ser novamente a menininha da mamãe ou aquela cantora famosa, mas acredito que não preciso mais disso, tenho que ser apenas eu, dentro da realidade social e não dentro de uma ideologia abstrata.
       Hoje, talvez já com uma ideia pré-definida, após várias experiências vividas e com referências familiares, acredito no meu futuro eu e foi o modelo que escolhi para seguir, pois agradando a mim não preciso de outros modelos e sim de ter muita autoestima e coragem para viver nesse mundo de manipulações.


Cristiane de Oliveira

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Afastando de todos o cale-se

      
        Apenas perdoar e esquecer os crimes através da Lei da Anistia criada em 1979, não foi e não é o suficiente. As verdade dos conflitos, torturas não chegaram até a sociedade, mas se há provas ou indícios por onde eles andam?
       Para alguns o que aconteceu na década de 60 não deve ser revisto, pois com a Lei já foram resolvidos os problemas, mas não é o que todos querem. Durante anos o país deixou de resolver crimes contra a humanidade ocorrida na ditadura, o que não ocorreu nos países vizinhos como a Argentina e o Uruguai que ainda vem julgando torturadores daquela época. Pede-se provas, pede-se a verdade.
       A violência que atingia a todos que não aceitavam o regime mostra a agressividade do sistema implantado no Brasil. O sofrimento de algumas pessoas que perderam suas famílias que eram ou não inocentes são os que mais pedem isso. No filme "Pra frente Brasil", enquanto alguns torciam pela seleção brasileira jogando na Copa do Mundo, Jofre é torturado inocentemente, morrendo deixando a família sozinha e sofrendo. Um cale-se se abateu sobre o povo brasileiro através da Lei e também pelo silêncio dos próprios militares que até hoje não revelam os seu atos e não dizem onde estão os corpos ou as pessoas vivas.
       Enquanto os que tiveram perda sofre, os que não querem falar comemoram. Na última sexta-feira 30 de março, a revista "Carta Capital" trouxe que na quinta-feira daquela semana um evento organizado por militares que se reuniram para comemorar o aniversário da Revolução de 64 e atacar a instalação da Comissão da Verdade, fez com que pessoas saíssem as ruas protestando e representando algum ente que perdeu.
       Comemorar um fato da história que para alguns no Brasil foi a pior das épocas com certeza a sociedade iria às ruas para protestar, como não querem a Comissão da Verdade para revelar o segredo, o povo também tem o direito de aceitar a Comissão e não a comemoração. Querem a verdade, querem ouvir o pedido de perdão, precisa-se da Comissão para saber o que aconteceu, deve haver justiça com todos, com os torturadores e também com os que de algum modo desrespeitaram o Estado naquela época, afastando de todos o cale-se.


Cristiane de Oliveira

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Lobo

     Querer alcançar o poder e o ter mais que os outros, é o que se vive na sociedade atual. Para o filósofo Thomas Hobbes o homem é o lobo do homem, tem os mesmos desejos e necessidades, gerando com isso o estado natural um conflito entre a própria espécie.
     Com o passar do tempo o homem teve e tem um avanço grande em várias áreas. E à medida que avançam em conhecimento e tecnologia rompem sua identidade, seu caráter humano. Pode-se observar no livro "A menina que roubava livros" ou até mesmo na história, durante o governo de Hitler, em que judeus fogem e se escondem para não sofrerem e não serem mortos pelo homem, para que este tenha poder e espaço.
     Outra forma é o dinheiro, que se torna uma ganância e junto uma desigualdade, de se impor e ser melhor. Afetando ainda mais a destruição e aumentando as diferenças com o mesmo, num lugar onde muitos têm pouco e poucos têm muito.
     Mesmo com essas formas de brigas, violência atrapalharem as relações humanas, tem-se a necessidade de uma vida em grupo, pois o homem depende do outro para construir e alcançar o que deseja, seja até mesmo o poder. Esta vida em sociedade é a qual constitui o ser de pensar, tirar conclusões e falar.
     O homem depende do outro, mas a vontade de ser melhor é o que atrapalha, através de guerras ou desigualdades, como foi citado, e é o que diz um trecho da música "O Lobo", interpretada pela cantora Pitty: "Não houve tempo em que o homem por sobre a Terra viveu em paz, desde sempre tudo é motivo pra jorrar sangue cada vez mais, o homem é o lobo do homem".


Cristiane de Oliveira

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

E depois de algum tempo, olha o que posso encontrar...

    
     Lages, 30 de Outubro de 2011.
     Minha querida Cris,
     Finalmente me encontrou depois de tantos anos guardados naquela caixa de recordações, garanto que não imaginava encontrar logo eu. Resolveu relembrar o que já viveu, dos momentos que passou e até das dificuldades? Espero que esteja bem, mas não ficaria surpresa se ainda continua com seu nervosismo, preocupações e de ficar horas chorando no quarto em silêncio para não incomodar ninguém, afinal sempre fomos assim. A vida deve ter te ensinado muito e mudado muitas coisas em você, não é verdade?
     Muitos sonhos já devem ter se tornado realidade, como sempre foi persistente não deve ter desistido de nenhum deles, principalmente em se formar, deve ser uma profissional de sucesso como sempre quis. Até as companhias devem ser outras, pois as de hoje já devem ter tomado outros rumos, mas com certeza você fez muita gente feliz, ou, até ofendeu alguns, apesar de ter facilidade em fazer novas amizades, tem aquelas com quem não queria de jeito algum conversar, pessoa difícil nós né? E os mortos, que nos fizeram feliz, brigaram e ensinaram muito; é, sei que tem um vazio dentro de você, mas não se deixe cair, pois há muito que viver, eles sempre estarão junto de ti.
      E a sua vida amorosa? Sim, encontrou alguem que te ama. Sei que mesmo assim não se esquece do seu primeiro beijo, primeiro namorado, da primeira noite de amor, lembra também que sofreu um tempo por amor, mas conseguiu superar, espero que não tenha passado por isso novamente, sempre foi de guardar e lembrar-se de tudo nessa caixa onde me encontrou. Deve ter uma família linda, com seu marido, filhos e até netos, pois sempre se imaginou assim. Garanto que ensinou seus filhos a amarem a música, como seu pai lhe ensinou, sempre se deu bem nisso, esse amor você não perde nunca.
     Lendo esta carta deve ter passado um filme na sua cabeça, se isso não aconteceu, de mais uma vasculhada nessa caixinha que você vai achar muitas lembranças que deixei para você, e se precisar chorar de novo, chore o quanto for preciso, porque depois de algumas horas estará muito bem consigo, isso sempre deu certo.
     Beijos, Cristiane

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mais energia, menos preocupação.

       Uma das melhores formas de energia vem prejudicando muitas cidades e família devido ao risco que pode trazer, mas não se deve pensar apenas nos aspectos negativos, pois a Energia Nuclear tem também trazido benefícios aos países que a contêm.
       Muitos países a utilizam por ser uma energia limpa, ou seja, não emite poluentes ajudando a não piorar o efeito estufa. Também muito usada na medicina, indústria e agropecuária pelas radiações expelidas. Mas para ter este tipo de energia precisa de uma alta segurança.
      Caso isso não aconteça, podem ocorrer vazamentos e explosões, causando danos ao meio ambiente e doenças como câncer e até mesmo a morte. Outro ponto negativo é a energia em forma de calor transmitido numa caldeira, saem resíduos radioativos que emitem radiações por muitos anos, o lixo atômico.
       Tais vazamentos e explosões, já ocorreram como em Chernobyl na Ucrânia em 1986, deixando muitos mortos. Um ano depois, no Brasil o acidente radiológico de Goiânia, Césio-137 e recentemente japoneses pedem o fim desta, com líderes o vencedor do Prêmio Nobel em 1994 Kenzaburo Oe e Ryuichi Sakamoto chamando o protesto de "Adeus às Usinas Nucleares", pois o complexo de Fukushima uma das maiores usinas corre um grande risco.
       Apesar de ser uma energia limpa ela pode causar grandes problemas na sociedade. Existem tantas formas de energia, claro que mudar imediatamente não seria possível mas, reduzir para que os riscos também reduzam, porque ir dormir todo dia sem saber se amanhecerão, com a cidade inteira, é uma das preocupações que principalmente os japoneses enfrentam.


Cristiane de Oliveira

domingo, 30 de outubro de 2011

Se eles soubessem.

       Lembro-me como se fosse hoje, aquele homem de cabelos brancos querendo me transformar num ser humano que tenha todas as qualidades. Eu e alguns amigos fomos cobaias de outro ser da nossa espécie em busca da vida perfeita.
       Éramos crianças, ele nos deixava apagado por muitos dias. Muitos experimentos não deram certo, o coitado do Nicolau era um menino tão bom e de repente vira um criminoso, a Joana suicidou-se e o Marco presidente da república. E eu? Fiquei apenas traumatizado e sou o único que lembra do que aconteceu, os outros dizem que era loucura minha, que nada disso havia acontecido.
       Quem realmente ficou impressionado foi o tal homem que fez os esperimentos, como não ocorreu nada comigo se ele deixava-nos desacordados usando substâncias tão fortes capazes de adormecer um cavalo? Ele concluiu que eu tinha algum tipo de enzima que quebrava tais substâncias em micromoléuclas e não faria efeito algum, apenas me deixou com aquela cena na cabeça.
       Agora olho daqui do céu para os meus amigos que diziam que eu não falava nada com nada, que fizeram uma armadilha para me matar já que eu queria dar uma alerta ao povo.
      O homem do cabelo branco ainda vivo por ter conseguido fazer uma fórmula para sua vida eterna, comanda todos através de chips, ele faz o que quer com eles. Sim, meus amigos que não me ouviram, agora chorão pelo perdão e querendo a liberdade novamente; ainda bem que não estou mais naquele mundo, também se estivesse não faria efeito algum em mim, já que o Homem Perfeito já existia antes mesmo dos esperimentos daquele ser.


Cristiane de Oliveira

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Primavera mundial

      
        Alguns países estão em movimento, com reivindicações estudantis, como no Chile, eles querem mais vagas públicas e redução das instituições privadas. E no Brasil por que isso não ocorre?
       Nos anos 60 teve grandes mobilizações educacionais pelo Brasil, a chamada Reforma da Universidade uma das mais importantes lutas do movimento estudantil durante a ditadura militar, onde esquerdistas canalizaram a insatisfação dos jovens diante os problemas no ensino superior.
      No Chile, fato como este ocorre; adolescentes saem as ruas reivindicando e exigindo seus direitos. Uma das pessoas que está à frente deste conflito é Camila Vallejo, que apesar de ter estudado em escola particular e frequentar uma universidade pública, luta com os jovens que passam dificuldades para pagar uma universidade.
       Segundo dados dos jornais brasileiros, durante o governo de 1990, Augusto Pinocht no Chile, os investimentos em educação caíram para 2,3%, menos que no Brasil e Argentina. Claro que as revoltas iam acontecer devido a tais informações.
       Seria falta de insentivo para os jovens brasileiros saírem as ruas provocada pela pouca divulgação de tais protestos pela mídia, ou até mesmo a satisfação de alguns pelos programas oferecidos pelo governo. Seja no Brasil, Chile ou em outro kugar, lutar pela educação de qualidade e mais universidades públicas é um direito pois a primavera dos conflitos pode ter e começar em qualquer lugar do mundo.


Cristiane de Oliveira

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Teresina, 10 de Janeiro 2003

      Excelentíssimo Senhor Governador,
      Quem escreve está carta é minha filha mais velha porque não tenho escolaridade completa, mas as palavras continuam sendo minhas. Venho por meio desta pedir uma ajuda ao senhor pois há muitos anos sofro com vários problemas, sendo o principal falta de água encanada. As minhas condições são muito ruins, por isto resolvi mais uma vez pedir para as autoridades que realizem o meu sonho.
       Sou separada e crio meus quatro filho com muito sofrimento, moramos numa casa pequena e com péssimas condições, meu salário é muito baixo e mal da para a comida do mês. Meus filhos estudam numa escola próxima e eu também a frequento, à noite, para a conclusão da escolaridade para conseguir um emprego melhor.
       Fora estas dificuldades, a principal e a que peço ajuda é a falta de água encanada. Para conseguir água tenho que andar alguns quilômetros com  baldes nas costas até um nascente. O problema é que perto dela há um esgoto em céu aberto e muitas pessoas jogam lixo ali por não ter também coleta de lixo. Tenho medo que as crianças, ao beberem a água, sintam dor de barriga ou que peguem doenças, mas não tem outra opção pois dinheiro para comprar água boa não tem.
       Faz anos que peço ajuda e sempre dizem que vão nos ajudar, mas fica só na promessa. Por isso, peço ao senhor que ajude a mim e aos moradores daqui, pois como o senhor teve seu sonho realizado de se eleger e nós o ajudamos, ajude-nos a realizar o nosso também, de ter água boa e melhoria na qualidade de vida.
       Espero o senhor para solucionar este problema, que irá brilhar sua carreira com mais uma vila satisfeita com seus trabalhos.
       Desde já obrigada, Fulana de Tal.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

É entre as notas que eu vou...


      
       Se existe um assunto em que me animo em falar, é este. A música desde berço me encanta, e a cada dia que passa mais coisas descubro e me fascina sobre ela.
       Sim, muitas vezes o que tocamos, ou cantamos, tem algum valor na vida, para alguém, por algo, um valor emocional, sem explicação, não há uma simples definição, mas sim um grande contingente de emoções passada a cada nota que sai de um instrumento, que soa suavidade, como um veludo aos meus ouvidos, e tenho certeza que quem vive a música, deve sentir algo parecido, a grande felicidade em transmitir através de acordes os sentimentos humanos, tornando isso a melhor coisa que pode ser feita.
      Isso vicía, e digo que sou uma viciada, não sei o que seria sem ela, não sei o que seriamos sem ela, pois é ela em que aparece nos momentos tristes, felizes, é ela que te faz lembrar certos momentos, pessoas.
       Tenho orgulho de dizer que vivo com uma família de músicos, um pai que desde jovem faz letras, canta, toca e foi ele quem nos incentivou e ainda incentiva a admirar a música, e assim foi indo do filho mais velho ao mais novo. Pois a música a cada dia que passa mais ela deve ser estudada e aprendida...
      Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser facilmente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que pegue todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efêmero", a música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples.” (Adaptado)
       Música é arte, é vida, somos dependentes desta que faz tão bem ao ser humano... E digo EU SOU UMA AMANTE DE MÚSICA, independente de gênero musical, a música é bela e não tem quem negue, e sim com ela eu vou a onde quer que eu ande... Como diz Friedric Nirtzsche “Sem a música, a vida seria um erro”.


Cristiane de Oliveira


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ganha-se a guerra, mas não se conquista a paz

     
      O fato de a guerra construir um espetáculo horroroso leva-se encará-la mais seriamente, mas não seria uma desculpa para destruir tudo em apenas algumas horas de desespero. O sonho de um dia ter a paz no mundo pode demorar, ou até mesmo nunca acontecer, já que pode-se considerar como uma pedra rara.
      Os conflitos do homem com o homem acompanham a humanidade desde a pré-história e vem se desenvolvendo entra as sociedades com o passar do tempo. As guerras ocorridas de desentendimento ocorrem muitas vezes para se conquistar autoridade, pensando assim o sossego será obtido, mas tudo em vão, pois dia após dia é relatado novos conflitos ou ameaças de guerras como a guerra nuclear, que até tenta-se o descarte das armas, mas seria um trabalho um tanto complicado e delicado.
      As perdas humanas e ambientais com tais guerras podem ter um valor inestimado, pois a base concreta da destruição tem alvos diversos, onde atinge desde edificações elevadas pelo homem até os seres vivos que habitam as regiões, tendo assim aos que sobrevivem realizar um novo recurso de vida.
      Com tantas perdas, nos conflitos, sempre procura-se o bem estar, e não há guerra mais importante do que a de querer ter a paz interna. Paz é a companheira ideal da criatura, mas dificilmente é conquistada, porque querer possui algo sem conhecer é o erro da sociedade. Saber estudar a si mesmo, ter o cuidado com gestos, palavras, pensamentos são os que poucos fazem; por isso o relacionamento entra as pessoas é levada aos "trancos e barrancos" e dificilmente se conquista a paz.


Cristiane de Oliveira

domingo, 17 de julho de 2011

Cultura, equilíbrio de ideias

       Cada grupo de seres tem sua própria identidade em um determinado território e período preservam os conceitos do passado, podendo uma nova sociedade perdê-lo e outras revelarem, tentando encarar os padrões culturais, e se adequar ao melhor modo de vida do ser humano. Os diferentes costumes, pensamentos e críticas que cada um possui, muitas vezes não correspondem a um estilo de cultura.
       Observa-se que a cultura vem se desvalorizando com o passar dos anos, muitos estilos de músicas, por exemplo, é notável como poucas pessoas escutam, pois estão vindo outros tipo que esta conquistando a população, que com a globalização ou tecnologia faz a sociedade ter acesso mais facilmente a esses novos estilos.
       As formas de emancipar a cultura de um povo, como música, linguagem, arte, cada pessoa faz a sua opinião, muitos acham que a ideia do povo não é o papel principal para as suas obras, esses seres não estão interessados a conhecer novos costumes e apenas predominam o que é importante na sua vida, onde alguns consideram desnecessário.
       Será que a sociedade está deixando as preciosidades que temos como a cultura, querendo aproveitar apenas o essencial para o desenvolvimento do mundo? O essencial de uns pode ser o desnecessário de outros, equilibrar os gostos e costumes pode ser um bom par para continuar a descobrir ou cultivar formas culturais.


Cristiane de Oliveira

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Uma utopia, um sonho ou realidade?

       Realizar um grande sonho todos querem, mas será que o tal sonho pode se tornar uma utopia?
       As várias formas e variedades de sonho existentes podem causar grandes dúvidas do que se deseja. Pensar no sonho e ainda se preocupar se isso será bom pode ser um grande caos, a transformação do pensamento imaginário, da utopia, depende da persistência de cada um.
       Todos possuem um sonho, uns querem sair do país, outros entrar em uma universidade federal... Sabe-se que é difícil parar pra pensar e escolher o maior e melhor sonho para ser adquirido. Muitos falam que não têm condições financeiras para realizá-lo, outros dizem que estão "sem tempo". Será que para realizar um grande sonho precisa mesmo disso?
       Esses sonhos que temos podem não ter tanto valor do que pensarmos no nosso futuro e das próximas gerações. Sonhar com um mundo de paz e alegria, sem destruição, poucos desejam. Isso é um grande sonho.
      Mas para tal sonho ser realizado, uma saída seria amenizar as "besteiras" já feitas pela humanidade, já que voltar no tempo para corrigi-las seria uma utopia. Ou, basta a consciência da sociedade, deixando de lado as barreiras e tornar assim um sonho real, não só para mim, mas para todos.


Cristiane de Oliveira