quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conquistando o espaço

     
     A imagem de submissão esteve ligada a nós mulheres durante a história. Muitos foram os casos que contribuíram para aumentar nossa posição de inferioridade, como na Idade Média que fomos chamadas de bruxas, mas isso não impediu que muitas de nós vencessem esses preconceitos atribuídos durante os tempos.
   Durante a Idade Média, as mulheres foram classificadas como: prostitutas, bruxas que eram as mulheres que iam contra a Igreja pelo seus atos; e as santas, as que seguiam o molde da Virgem Maria que era o modelo que achavam que deveria ser seguido, pois buscar conhecimento custou à vida de muitas mulheres naquela época.
    Na Idade Moderna, não foi muito diferente. Pensadores, como Rousseau, que no século XVIII, disseram que a mulher é destinada ao casamento e a maternidade entre outros comentários, e temos exemplos de que a mulher é muito mais que isso.
     Tais exemplos como: Manal al-Sharif que em 2011 quebrou o silêncio das mulheres que eram proibidas de dirigir na Arábia Saudita, gravando um vídeo dirigindo e colocando-o na internet, muitas mulheres que assistiram o vídeo fizeram o "dia de dirigir"em 17 de junho daquele ano; aqui no Brasil temos a nossa presidenta Dilma Rousseff que conquistou o cargo nas eleições de 2010 e Anita Garibaldi a "heroína de dois mundos".
    Hoje nos sentimos mais aliviadas com a conquista de vários direitos como o mercado de trabalho, apesar de ainda haver preconceitos não só com as mulheres, mas com outros grupos de minoria como negros, sem terra, homossexuais, entre outros. Pensar na igualdade pode não ser uma tarefa fácil, mas acredita-se ser uma forma possível na conquista dos direitos humanos e na diminuição dos preconceitos para as próximas década


Cristiane de Oliveira

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pelo menos amenizar

       A maioria das mulheres ao engravidar, sonha com o bebê perfeito, e logo que se depara com um médico avisando que o filho tem anencefalia, só ela sabe o sofrimento emocional passado no momento. Agora com a legalização do aborto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cabe a ela decidir ou não ter o filho, mesmo com as duras críticas da Igreja e opositores.
      O sofrimento é grande para  estas que têm filhos com problema físico. Com avançadas técnicas na medicina, como o pré-natal, tem reduzido o problema, mas mesmo com toda tecnologia, bebes anencéfalos podem vir ao mundo causando dores emocionais para os pais, pois já se sabe que é difícil uma criança com parte do cérebro não desenvolvido, ter muito tempo de vida.
      Estes sofrimentos durante a gestação são e eram pouco suportados e sem a legalização deste assunto polêmico, as mulheres rumavam para pessoas inexperientes para fazer o aborto clandestinamente e em alguns casos ocorria o óbito da genitora. Então, o poder público resolveu mudar a situação, pois os casos de clandestinidade eram muitos e ainda existem, deixando para mulher optar pela interrupção da gravidez, para que esta seja feita de forma um pouco mais segura.
       Apesar da Igreja e opositores desta lei impor seus protestos e razões como: todo ser humano deve ser aceito porque são todos iguais e que aborto também é crime, eles não devem fazer com que todos sigam suas decisões sobre o assunto, pois a Organização Mundial da Saúde disse que a prática de aborto clandestino é maior nos países em que ele é proibido, logo deveria sim ser legalizado.
       Com isto, fica a opção para cada mulher e família decidir esta questão que é tão complicada e que afeta o emocional e o físico, pois aborto clandestino pode comprometer mais a vida tanto da genitora como do feto e o STF já deu a base com a legalização, para que os riscos sejam pelo menos amenizados.


Cristiane de Oliveira