quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

"Sexo frágil": uma derrubada de tabus

     Jorge Amado, em seu romance "Gabriela, Cravo e Canela", ilustrou o histórico encargo sexista, quando o personagem conservador Nacib agrediu a companheira - de nome homônimo à obra. Assim, a necessária hostilidade à agressão contra a mulher evidencia uma desigualdade de gêneros, como também representa um avanço no tópico de lutas sociais. Logo, uma quebra de clichê contra uma cultura machista.
     Nesse cenário de bestialidade, os preconceitos e diferenças de gêneros são evidentes. Como exemplo de discrepância, tem-se a atriz iraniana Marzie Vafamebra, que foi condenada a 90 chibatadas pelo filme encenado "Minha Teerã a venda"; apenas um retrato do absurdo panorama. No Brasil, como forma de auxílio, a Lei Maria da Penha, no Art 2º, mostra que toda mulher, independente de classe, etnia e orientação sexual, tem oportunidades para viver sem acometimentos. Dessa forma, o problema pode ser amenizado - mas não resolvido. Como disse Nilcéa Freire, ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, "toda mulher tem direito à vida sem violência; e esse é o desejo da sociedade.
     Sob esse prisma, medidas e prudências foram tomadas para o acrescentamento das pelejas sociais. De começo, a ONU iniciou na década de 50 com a criação da Comissão de Status da Mulher, que afirma os direitos iguais entre gêneros. No mesmo viés, em 2007, o Pacto Nacional pelo Enfrentamento Contra a Mulher foi lançado pelo ex-presidente Lula, que visa um acordo entre os governos federal, estadual e municipal para a implantação de políticas públicas que evitem essa brutalidade. Hodiernamente, o grupo ucraniano feminista, FEMEN, faz uma asseveração de temas como: turismo sexual, homofobia, racismo e sexismo. Dessa maneira, o prélio contra a ofensiva no sexo feminino será, indubitavelmente, alcançado.
     Por conseguinte, defronte à essencial luta contra à repressão feminina derruba-se os estigmas de uma bagagem de submissão feminista. Da obediente mulher do romance de Jorge Amado à contemporânea engajada na reivindicação social, há ruptura dos ideias machistas, o que demonstra o verdadeiro "sexo forte".

Cristiane de Oliveira

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